O pterígio é uma condição oftalmológica que se caracteriza pelo crescimento anormal de um tecido rosado na conjuntiva, a membrana que cobre a parte da frente do globo ocular. A lesão se parece com uma asa e, por isso, leva esse nome, que deriva da palavra grega “pterygion”, que significa asa. Primeiramente, é importante dizer que se trata de uma lesão benigna.

Segundo a Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista geral e especialista em glaucoma, normalmente o pterígio se desenvolve mais próximo ao nariz e cresce em direção à pupila.

“O pterígio é um processo inflamatório e proliferativo, ou seja, a lesão cresce e invade outras áreas dos olhos. Em geral, a lesão tende a crescer, mesmo após sua remoção, sendo essa característica semelhante aos tumores, embora seja uma condição benigna”, explica.

Exposição ao sol sem proteção é o principal fator de risco do pterígio

Acima de tudo, é importante reforçar que o principal fator de risco do pterígio é a exposição aos raios solares, sem óculos que possuam lentes contra os raios UVA/UVB.

“A maioria dos pacientes tem entre 30 e 50 anos e possuem hábitos ou profissões que propiciam a exposição ao sol. Dessa forma, vemos muitos surfistas, salva-vidas, trabalhadores rurais e marinheiros que acabam desenvolvendo o pterígio. Outro fator de risco é a cor dos olhos, pois a condição é mais prevalente em pessoas com olhos claros”, comenta Dra. Maria Beatriz.

Para além disso, a incidência é maior em países próximos à linha do Equador, ou seja, em países com maior incidência de raios solares.

Sinais e sintomas 

Geralmente, o primeiro sinal do pterígio é o surgimento da lesão na conjuntiva. Outros sintomas são a vermelhidão ocular, irritação, sensação de corpo estranho e coceira. Nos casos mais iniciais, não há comprometimento da visão.

“Contudo, na medida em que a lesão aumenta, o paciente pode desenvolver astigmatismo irregular ou ainda alterações na visão quando o pterígio cresce em direção ao eixo central da visão”, ressalta Dra. Maria Beatriz.

Diagnóstico e tratamento – O que você precisa saber

 Naturalmente, o diagnóstico do pterígio é clínico, já que a lesão é visível. Dessa forma, não são necessários exames ou testes adicionais.

“No exame, avaliamos a saúde da córnea e demais estruturas da superfície ocular. Quando a lesão é pequena e não interfere na visão, o tratamento pode envolver apenas colírios lubrificantes para dar maior conforto ocular. Em alguns casos, também podemos usar colírios anti-inflamatórios”, diz a oftalmologista.

“Por outro lado, quando o pterígio cresce muito, os sintomas ficam mais severos ou ainda quando a lesão afeta a visão central, a recomendação é a remoção cirúrgica. Acima de tudo, na maioria dos casos o pterígio é uma condição benigna. Em contrapartida, durante a cirurgia enviamos uma amostra para um exame anatomopatológico para descartar neoplasias”, conta Dra. Maria Beatriz.

Prevenção é mais simples do que se imagina

 Certamente, a maneira mais simples de prevenir o pterígio é usar óculos de sol com lentes que protegem os olhos dos raios nocivos do sol. Apesar disso, muitas pessoas não usam óculos de sol. Outro fator preocupante é a compra desses itens em comércios populares ou em sites. O problema é que nem sempre os produtos possuem as lentes com proteção.

“Além do pterígio, a falta de proteção das lentes aumenta o risco de desenvolver a catarata de forma mais precoce, câncer de pele nas pálpebras, entre outros problemas nos olhos. Por fim, para reforçar a proteção ocular, é importante usar chapéus ou bonés e aplicar protetor solar nas pálpebras inferiores”, finaliza Dra. Maria Beatriz.

 Dra. Maria Beatriz Guerios  é Oftalmologista Geral e especialista em Glaucoma, bem como faz parte de uma equipe altamente capacitada, com as mais diversas especialidades da oftalmologia.

O consultório fica na cidade de São Paulo, na Vila Nova Conceição (zona Sul).

Para mais informações, ligue para (11) 3846-0200

Matéria produzida pela jornalista Leda Maria Sangiorgio – MTB 30.714
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