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Olho Seco

Irritação, falta de lágrima, sensação de areia nos olhos, dor e queimação podem ser sinais de uma doença chamada síndrome do olho seco.

 

A síndrome do olho seco é uma condição comum, que ocorre quando as lágrimas não são capazes de fornecer lubrificação adequada para os olhos. As lágrimas podem ser inadequadas por falta ou por uma produção de lágrimas de má qualidade.

 

A lágrima é produzida pelas glândulas lacrimais, que ficam localizadas nas pálpebras superiores, na região superior-lateral das órbitas oculares.

 

A lágrima produzida segue sempre um caminho, que vai da glândula lacrimal até os canalículos lacrimais, que drenam o líquido pelo ducto nasolacrimal até a cavidade nasal. Todo mundo já deve ter notado que, quando choramos, surge um aumento da secreção pelo nariz.

 

A produção da lágrima, porém, não ocorre somente quando choramos. O ato de chorar faz apenas com que a produção da lágrima aumente muito. Se você reparar bem, o nosso olho está sempre úmido, apresentando uma cobertura chamada filme lacrimal.

 

A lágrima produzida espalha-se pelo olho toda vez que piscamos. No intervalo entre cada uma das piscadas, o filme lacrimal sofre um processo de evaporação, motivo pelo qual sentimos incômodo e sensação de olho seco quando ficamos muito tempo sem piscar.

 

O filme lacrimal, além da função óbvia de lubrificação, fornece também nutrientes, oxigênio e anticorpos para superfície ocular.

 

CAUSAS

A síndrome do olho seco é uma doença crônica, caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou pela deficiência em algum dos seus componentes.

 

A síndrome do olho seco pode ser dividida em dois grupos principais, de acordo com a causa:

• Diminuição da produção de lágrimas ou deficiência aquosa do filme lacrimal;
• Evaporação excessiva do filme lacrimal, geralmente provocada por disfunção das glândulas de Meibômio ou deficiência de mucina.

O olho seco, portanto, pode surgir por uma baixa produção de lágrimas ou pela produção de uma lágrima de má qualidade.

Fatores de risco

Pessoas que trabalham com computador, especialmente em ambientes com ar-condicionado, são alguns dos pacientes mais frequentes nos consultórios oftalmológicos com queixas de olho seco.

 

Crianças que ficam muito tempo brincando com vídeo games também costumam sofrer deste problema.

 

Pacientes submetidos à cirurgia refrativa também podem apresentar, ainda que passageiro, um quadro de olho seco no pós-operatório e isso deve ser avaliado e discutido antes da cirurgia.

 

Muitas vezes, não é possível determinar a causa exata do olho seco. Mas, alguns fatores de risco já são bem conhecidos.

 

Os principais fatores de risco para a síndrome do olho seco são:

  • • Idade acima de 50 anos
  • • Alterações hormonais durante a gravidez
  • • Menopausa
  • • Uso de lentes de contato
  • • Deficiência de vitamina A
  • • Alimentação pobre em
  • • Viver em ambientes muito secos
  • • Diabetes mellitus
  • • Lúpus eritematoso sistêmico
  • • Artrite reumatoide
  • • Síndrome de Sjögren
  • • Doença de Parkinson
  • • Uso de determinados medicamentos (por exemplo: antidepressivos, anti-histamínicos, diuréticos, betabloqueadores, isotretinoína, amiodarona, anticolinérgicos ou estrogênio)

 

O que pode acontecer se o olho seco não for tratado?

Dependendo da gravidade do olho seco, a córnea e a conjuntiva podem ser muito prejudicadas. Pode ocorrer ceratite, que é uma inflamação da córnea.

 

A ceratite pode evoluir para úlceras, opacidades de córnea e o resultado pode ser até mesmo a cegueira. Por isso, preste atenção nos sintomas e procure seguir o tratamento prescrito pelo seu oftalmologista.

 

O olho seco deve ser tratado para não evoluir para outras condições visuais.

 

Atualmente, é possível usar a luz intensa pulsada para o olho seco, com excelentes resultados.