A tonometria ocular, ou apenas tonometria, é um exame crucial na área da oftalmologia, cuja finalidade é medir a pressão intraocular (PIO).

Para falar mais sobre a tonometria, hoje vamos entrevistar a oftalmologista geral, Dra. Maria Beatriz Guerios, também especialista em glaucoma.

Tudo que você precisa saber sobre a pressão intraocular

Primeiramente, é importante entender o que a pressão intraocular (PIO). “Trata-se do resultado da força exercida pelo humor aquoso dentro do olho. Os valores normais variam de 10 a 21 mmHg (milímetros de mercúrio). Quando a PIO está acima desses números, pode indicar a presença de doenças, como o glaucoma”, explica a oftalmologista.

O humor aquoso é composto de 98% de água e 2% de outras substâncias, como proteínas e glicose. Ele preenche a região entre a córnea e a íris e sua produção ocorre em uma estrutura do olho, chamada de corpo ciliar. O humor aquoso flui através da pupila até a íris e sua drenagem ocorre na malha trabecular.

Dessa forma, o processo de produção e drenagem do humor aquoso é responsável por manter os níveis normais da pressão intraocular. Quando ocorre alguma alteração nesse mecanismo, pode resultar no aumento da PIO.

Tonometria é o exame que mede a pressão intraocular

A partir do conhecimento sobre a PIO, é importante entender como é possível a sua medição. Certamente, se você é adulto, já passou pelo menos por uma tonometria ao longo da vida. Trata-se daquele exame em que você sente um “sopro” no olho.

Basicamente, a tonometria é o exame que mede a pressão intraocular e costuma fazer parte dos exames oftalmológicos de rotina, principalmente em adultos.

“Por outro lado, em alguns casos é um exame obrigatório, como em pacientes com suspeita de glaucoma, câncer, diabetes e hipertensão arterial. Adicionalmente, pacientes que usam corticoides ou que irão se submeter a cirurgias oftalmológicas, como de catarata ou retina, também precisam realizar a tonometria”, aponta Dra. Maria Beatriz.

Vale lembrar que após traumas ou lesões nos olhos, também há indicação da tonometria.

Tipos de tonometria – Veja quais são

Em primeiro lugar, é importante esclarecer que a tonometria é indolor e rápida. Atualmente, há algumas maneiras de medir a PIO. A mais comum é por meio do Tonômetro de Goldmann, pelo método de aplanação.

“Nessa técnica, o paciente se senta e encosta o queixo e a testa no aparelho. O tonômetro encosta na córnea e mede a força que é preciso para achatá-la. A outra maneira é por meio de um aparelho, que lembra uma “caneta”. O aparelho toca o olho e mede a pressão intraocular”, conta Dra. Maria Beatriz.

“Por fim, temos o tonômetro de sopro. O aparelho emite um jato de ar, que atinge o globo ocular e volta. As principais vantagens desse tipo de tonometria é que não é necessário usar colírio anestésico e o aparelho não entra em contato com o olho”, adiciona a especialista.

A tonometria não exige nenhuma preparo prévio. Entretanto, para maior conforto do paciente, em alguns casos o oftalmologista pode aplicar um colírio anestésico.

“Outro lembrete é que não se deve usar lentes de contato durante o exame. Sendo assim, o paciente precisa removê-las para realizar a tonometria. Finalmente, após medir a pressão intraocular, o paciente pode retomar normalmente suas atividades, sem nenhum cuidado especial”, finaliza Dra. Maria Beatriz.

 Dra. Maria Beatriz Guerios  é Oftalmologista Geral e especialista em Glaucoma, bem como faz parte de uma equipe altamente capacitada, com as mais diversas especialidades da oftalmologia.

O consultório fica na cidade de São Paulo, na Vila Nova Conceição (zona Sul).

Para mais informações, ligue para (11) 3846-0200

Matéria produzida pela jornalista Leda Maria Sangiorgio – MTB 30.714
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