Sintomas do olho seco podem piorar no verão

Sintomas do olho seco podem piorar no verão

Hoje vamos entender por que os sintomas do olho seco podem piorar no verão, bem como dar algumas dicas para amenizar o agravamento do quadro.

Para isso, vamos entrevistar a oftalmologista geral, Dra. Maria Beatriz Guerios, especialista em Glaucoma.

Um pouco mais sobre o Olho Seco

Antes de entender por que os sintomas do olho seco podem piorar no verão, é crucial conhecer melhor a doença.

“O olho seco, também chamado de síndrome do olho seco e ceratoconjuntivite seca, é uma doença que atinge a superfície ocular. Normalmente, é resultado de alterações na camada oleosa do filme lacrimal, cujo termo é olho seco evaporativo. Em outros casos, em menor número, o olho seco ocorre devido à deficiência aquosa”, explica Dra. Maria Beatriz.

“Mas, seja como for, os sintomas são bastante incômodos e afetam demais a qualidade de vida dos pacientes. Além da secura na superfície ocular, os pacientes com a doença podem apresentar coceira, irritação, vermelhidão nos olhos, visão embaçada, ardência, sensação de areia nos olhos e maior sensibilidade à luz”, complementa a especialista.

Por que os sintomas do olho seco podem piorar no verão

O verão brasileiro tende a ser mais quente e úmido. Contudo, existem certos lugares que podem ter o ar mais seco. Além disso, o vento, os ambientes climatizados e outras condições podem explicar por que os sintomas do olho seco podem piorar no verão.

De qualquer maneira, o calor leva a uma evaporação mais rápida do filme lacrimal, o que piora o ressecamento da superfície ocular. Caso a umidade relativa do ar esteja baixa, a secura pode se agravar.

“Adicionalmente, precisamos levar em conta que no verão as pessoas usam mais o ar-condicionado, climatizadores e ventiladores. Todos esses aparelhos reduzem, de forma significativa, a umidade do ar. Portanto, quem tem olho seco e se expõe a essas condições, pode apresentar uma piora no quadro”, ressalta Dra. Maria Beatriz.

Praia e piscina – Como proteger os olhos

“Para além da umidade e do calor, durante as férias de verão a população tende a frequentar mais piscinas e praias. Nas piscinas, a preocupação é o cloro e demais produtos químicos que fazem parte do tratamento da água. Já a água do mar é um pouco menos nociva para os olhos, mas também pode ser um problema para quem sofre com o olho seco”, adiciona a médica.

Sintomas do olho seco podem piorar no verão, mas é possível amenizar os desconfortos

Infelizmente, os sintomas do olho seco podem piorar no verão. Por outro lado, algumas medidas e cuidados podem prevenir que isso ocorra, bem como amenizar os desconfortos.

Agora, com a ajuda da nossa especialista, vamos dar algumas recomendações importantes. Confira abaixo:

  • Invista em óculos de sol com lentes de proteção UV. Os óculos protegem os olhos do vento, que pode trazer partículas irritantes. Além disso, protegem do sol e isso pode prevenir a evaporação mais rápida do filme lacrimal;
  • Caso seja usuário de lentes de contato, procure ter um óculos de grau para dar um descanso e amenizar os sintomas do olho seco. Além disso, lembre-se que não se deve usar lentes de contato durante práticas aquáticas;
  • Peça ao seu oftalmologista para prescrever colírios lubrificantes e lembre-se: não use colírios por contra própria;
  • Durante as práticas aquáticas, use óculos de natação para proteger os olhos do cloro e da água do mar;
  • Mantenha-se hidratado, beba no mínimo 2 litros de água por dia;
  • Converse com seu oftalmologista sobre o uso de suplementos, como o ômega-3, o que pode melhorar a qualidade da lágrima;
  • Use uma compressa morna nos olhos por alguns minutos. Isso pode ajudar a liberar o óleo das glândulas sebáceas e acalmar os olhos secos e irritados.

 Dra. Maria Beatriz Guerios  é Oftalmologista Geral e especialista em Glaucoma.

O consultório fica na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 97859- 1080

Matéria produzida pela jornalista Leda Maria Sangiorgio – MTB 30.714
É expressamente proibida a cópia parcial ou total do material, sob pena da Lei de Direitos Autorais, número 10.695. 

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