Diagnóstico do glaucoma: Quais exames são realizados?

Diagnóstico do glaucoma: Quais exames são realizados?

O diagnóstico do glaucoma pode ser feito em uma consulta de rotina. Isto porque, nestas consultas o oftalmologista realiza alguns exames e testes, que podem dar indícios da presença do glaucoma. Por outro lado, para confirmar a suspeita, o médico pode solicitar outros exames.

 

Segundo Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista geral e especialista em glaucoma, as consultas de rotina, ou seja, àquelas feitas de forma periódica, são essenciais para o diagnóstico do glaucoma, especialmente para detectar a doença em fases menos avançadas, o que ajuda a alcançar um melhor prognóstico.

 

“O principal exame que nos leva a pensar no glaucoma é a tonometria, exame em que medimos a pressão intraocular (PIO). O aumento da PIO é o principal fator de risco para ocorrerem danos no nervo óptico. Portanto, quando o paciente apresenta níveis elevados da pressão intraocular, precisamos investigar de forma mais minuciosa”, explica a especialista.

 

Como funciona a tonometria para o diagnóstico do glaucoma?

“Há duas formas de medir a PIO. Podemos usar o tonômetro de Goldmann, aquele aparelho em que o paciente se senta e encosta o queixo e a testa no aparelho. A outra forma de medir a PIO é por meio de um aparelho, que lembra uma caneta. Por último, existe um tonômetro de sopro, que emite um jato de ar que atinge o globo ocular e volta”, conta Dra. Maria Beatriz.

Quais os outros exames necessários para confirmar o diagnóstico do glaucoma?

Vale ressaltar que a pressão intraocular deve ser em torno de 21mmHg (milímetros de mercúrio) ou menos. Acima desta medida, é um alerta para a presença do glaucoma. Entretanto, uma PIO alta, isoladamente, não significa que o paciente tem glaucoma. Por este motivo, a detecção do glaucoma exige outros de exames. Vamos falar um pouco mais sobre eles.

Gonioscopia

“Ainda no consultório, conseguimos avaliar outras estruturas envolvidas no glaucoma, como o ângulo da câmara anterior. Trata-se de uma região entra córnea e a íris, em que se forma um ângulo. Nesta área, há um tecido chamado de malha trabecular, que funciona como uma espécie de “cano”, que drena o humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular. A avaliação desta área se chama gonioscopia”, comenta Dra. Maria Beatriz.

A gonioscopia é de extrema relevância para classificar o tipo de glaucoma (aberto, fechado ou secundário). Essa precisão no diagnóstico serve também para definir o tratamento adequado para cada paciente. “O exame é feito com o paciente sentado, num aparelho chamado lâmpada de fenda. O médico usa uma lente com espelhos e consegue visualizar a parte interna do olho, para avaliar o ângulo”, diz a especialista.

Fundoscopia

Popularmente chamado de “exame de fundo de olho”, a fundoscopia avalia a saúde da retina, nervo óptico e vasos sanguíneos, da parte de trás do globo ocular.

Exames adicionais para diagnóstico do glaucoma

Existem alguns exames de imagem que ajudam a confirmar ou descartar o diagnóstico do glaucoma. Um dos mais importantes é a Tomografia de Coerência Óptica (OCT). O exame é feito por meio de feixes de luz, que captam as imagens da retina e do nervo óptico de forma sequenciada.

“Graças a essa capacidade de sequenciamento, o médico consegue criar imagens em 2D e 3D das estruturas da retina e do nervo óptico. A OCT é um exame altamente preciso, sendo o único capaz de apontar alterações mínimas no nervo óptico e na retina”, aponta Dra. Maria Beatriz.

Outro exame importante para o diagnóstico do glaucoma é a campimetria, que mede o campo visual. O campo visual é o conjunto de pontos no espaço que o olho consegue enxergar. Existem dois campos visuais: o estático e o dinâmico. O primeiro é aquele diz respeito ao olho imóvel e o segundo quando o olho se movimenta.

O exame consegue estabelecer os limites do CV, avaliar a sensibilidade da retina e avaliar a integridade da visão central e a visão periférica. Atualmente, a campimetria computadorizada é a mais usada, mas existe também a manual. Um ponto importante é que o glaucoma afeta a visão periférica, ou seja, a lateral.

Como o oftalmologista confirma o diagnóstico do glaucoma?

O diagnóstico do glaucoma depende da situação do nervo óptico. Quando o oftalmologista constata, por meio da fundoscopia e de outros exames, que há lesões e danos na estrutura do nervo que liga o olho ao cérebro, é constatado o glaucoma.

 Diagnóstico do glaucoma não é fim, mas o começo da jornada

A precocidade no diagnóstico do glaucoma é crucial para impedir a progressão da doença, ou seja, prevenir que o paciente continue perdendo a visão. Como vimos, em consultas de rotina é possível detectar o glaucoma ou ainda indícios da doença.

“Contudo, vale reforçar que o diagnóstico é só o início da jornada do paciente. O glaucoma não tem cura e é uma doença progressiva. Portanto, o tratamento é importante, bem como o acompanhamento regular com o oftalmologista”, finaliza Dra. Maria Beatriz.

Dra. Maria Beatriz Guerios  é Oftalmologista. A médica diagnostica e trata o Glaucoma, bem como atua na oftalmologia geral.

O consultório fica nos Jardins, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 97859- 1080

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