Glaucoma e olho seco podem ocorrer juntos

Glaucoma e olho seco podem ocorrer juntos

Olho seco é mais prevalente em pessoas com glaucoma e pode afetar de 50 a 60% dos pacientes

O glaucoma e o olho seco são duas doenças oculares que, em 60% dos casos, ocorrem ao mesmo tempo. Em geral, os pacientes com glaucoma desenvolvem o olho seco devido aos conservantes presentes nos colírios. Estes medicamentos são usados para controlar a pressão intraocular (PIO), cujo aumento é o principal fator de risco para danos no nervo óptico.

Segundo Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista geral e especialista em glaucoma, boa parte dos colírios usados no tratamento do glaucoma possuem em sua composição um conservante chamado cloreto de benzalcônio.

“Esta substância danifica as células da superfície ocular, resultando nos sintomas do olho seco. O problema reside no uso contínuo dos colírios para tratar o glaucoma. Em muitos casos, o paciente usa mais de um colírio por dia. Quanto maior a exposição dos olhos aos colírios, maior o risco de desenvolver o olho seco”.

Glaucoma e olho seco juntos pioram a visão

O glaucoma é um nome dado a uma série de condições que afetam o nervo óptico, levando à perda visual. Entretanto, é uma doença silenciosa que só se manifesta em estágios mais avançados. “A pessoa perde campo visual periférico, ou seja, a visão lateral. Quando o olho seco se desenvolve, a visão pode piorar, se tornar mais embaçada, por exemplo. E uma piora na visão em pacientes com glaucoma pode afetar ainda mais a qualidade de vida”, explica

Além da visão turva, o olho seco causa secura ocular, vermelhidão, coceira, irritação, ardência, lacrimejamento e sensibilidade à luz.

Tratamento do olho seco é essencial para pacientes com glaucoma

O tratamento do olho seco é muito importante, tanto para o conforto do paciente como para a saúde da superfície do olho em longo prazo. Além disto, muitos pacientes com glaucoma abandonam o tratamento com colírios devido aos sintomas do olho seco.

“A superfície ocular fica menos lubrificada. Esta redução das lágrimas leva à concentração maior dos colírios no olho no momento da aplicação, aumentando a sensação de desconforto”, adiciona a oftalmologista.

Uma das alternativas é prescrever colírios sem conservantes. Outra recomendação é iniciar o tratamento do olho seco de forma mais precoce. “Além disto, atualmente existem evidências que a trabeculoplastia seletiva a laser (SLT) pode ser a primeira escolha de tratamento para casos iniciais de glaucoma. A opção pela cirurgia poupa a superfície ocular dos danos causados pelos colírios, além de controlar a pressão intraocular em longo prazo”, comenta Dra. Maria Beatriz.

Luz intensa pulsada também é uma opção

Uma das opções de tratamento para o olho seco é a luz intensa pulsada. “Trata-se de uma terapia disruptiva para o olho seco, uma verdadeira inovação na oftalmologia. A luz pulsada reduz a resposta inflamatória da superfície ocular, com remissão dos sintomas em longo prazo”, finaliza Dra. Beatriz.

Dra. Maria Beatriz Guerios  é Oftalmologista. A médica diagnostica e trata o Glaucoma, bem como atua na oftalmologia geral.

O consultório fica nos Jardins, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 97859- 1080

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