O Glaucoma de Pressão Normal é um subtipo do glaucoma de ângulo aberto. A condição é assim chamada devido ao fato de que nesses casos, o fator de risco não é o aumento da pressão intraocular (PIO).

Esse glaucoma acontece por doenças que provocam má circulação sanguínea. As alterações no fluxo sanguíneo reduzem a quantidade de oxigênio nas células do nervo óptico. Isso leva à morte dessas células nervosas. Como o tempo e sem tratamento, essa condição leva à cegueira irreversível.

O que é glaucoma?

Antes de mais nada, é importante explicar que glaucoma é o termo que se usa quando há lesões no nervo óptico, cuja pior consequência pode ser a perda irreversível da visão.

O aumento da pressão intraocular (PIO) é o principal fator de risco para a doença. Entretanto, nem sempre o glaucoma é causado por um PIO alta, como no caso do Glaucoma de Pressão Normal.

Esse glaucoma é grave?

Apesar de todos os glaucomas serem graves, o de pressão normal é o que mais preocupa. Isso porque não há aumento da pressão intraocular e nem sintomas na fase inicial.

Quais são as causas:

Entre os fatores de risco associados  estão:

• Ser mulher
• Ter estrutura corporal pequena (tipo mignon)
• Ter mais de 60 anos
• Asiáticos
• Hipotensão
• Enxaqueca
• Apneia do sono
• Doenças cardiovasculares (obstrução da carótida, colesterol alto etc.)

No caso do glaucoma de pressão normal, os danos no nervo óptico ocorrem devido à redução do fluxo sanguíneo para as células nervosas dos olhos. A consequência dessa má circulação é a morte celular por falta de oxigenação.

Quais são os sintomas?

Primordialmente, uma pessoa com glaucoma de pressão normal não irá apresentar nenhum sintoma até que a visão já esteja comprometida.

De maneira geral, o paciente começa a ter dificuldade para enxergar lateralmente e perifericamente. Até chegar no que chamamos de “visão de túnel”.

Como o oftalmologista descobre?

Como nesse glaucoma a pressão intraocular é normal, o oftalmologista precisa estar atento à história médica do paciente.

Em outras palavras, o oftalmologista precisa realizar uma boa anamnese para levantar o histórico do paciente e entender se ele possui outros fatores de risco associados para desenvolver o glaucoma de pressão normal. Um exemplo: o paciente tem doenças vasculares, sofre de enxaqueca, é mulher etc.

A partir desse perfil, o oftalmologista pode decidir fazer uma investigação completa e exames específicos para diagnosticar o glaucoma de pressão normal.

Como é o diagnóstico?

Além da anamnese, o oftalmologista costuma realizar alguns exames na consulta de rotina que podem ajudar a fechar o diagnóstico.

Quando o paciente preenche alguns fatores de risco para o glaucoma de pressão normal, é essencial fazer a Fundoscopia, o exame de fundo de olho que avalia a situação do nervo óptico.

Como é o tratamento?

O glaucoma não tem cura. O principal objetivo do tratamento é evitar a progressão da doença. Em outras palavras, prevenir que o paciente perca a visão de forma irreversível.

No caso do glaucoma de pressão normal, o tratamento é feito com colírios, na maioria dos casos.

Como nesse glaucoma há uma forte ligação com doenças sistêmicas que prejudicam a circulação sanguínea, também é recomendado tratar essas doenças de base. A atividade física é altamente recomendada, bem como é importante adotar hábitos saudáveis de vida, de forma geral.

Para finalizar, é importante dizer que pacientes com glaucoma, de qualquer tipo, precisam fazer um acompanhamento oftalmológico regular, bem como aderir ao tratamento para um bom prognóstico.

Onde tratar o glaucoma de pressão normal?

Dra. Maria Beatriz Guerios é oftalmologista especialista em Glaucoma. A médica atende em seu consultório, nos Jardins, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 97859- 1080