Exames para diagnóstico do Glaucoma – Quais são eles?
Os exames para diagnóstico do glaucoma são importantes, porém pouco conhecidos pela população em geral. Por isso, hoje vamos falar um pouco mais sobre quais são os exames para diagnóstico do glaucoma, onde podem ser feitos, entre outros detalhes.
Inicialmente, para esclarecer todas as dúvidas a respeito dos exames para diagnóstico do glaucoma, hoje vamos entrevistar a oftalmologista Dra. Maria Beatriz Guerios, especialista em Glaucoma.
Conheça melhor o Glaucoma
Primeiramente, ou seja, antes de falarmos mais sobre os exames para diagnóstico do glaucoma, vamos falar um pouco mais sobre essa doença, que é a principal causa de cegueira definitiva em todo o mundo.
“O termo glaucoma se refere a uma série de condições que causam danos no nervo óptico, levando à perda visual irreversível. O principal fator de risco é o aumento da pressão intraocular (PIO). A maior parte dos casos de glaucoma afeta pessoas acima dos 40 anos. Contudo, existem vários tipos de glaucoma, como o congênito, o juvenil e outros em que o aumento da PIO ocorre devido a traumas, cirurgias e uso de certos medicamentos”, explica Dra. Maria Beatriz.
Infelizmente, a maior parte dos casos de glaucoma é silenciosa. Ou seja, não há sinais ou sintomas aparentes nas fases iniciais da doença. “Dessa forma, o paciente só procura o oftalmologista quando percebe algum problema na visão. Nesses casos, podemos iniciar o tratamento que vai impedir a progressão do glaucoma, mas não vai curá-lo e nem recuperar a perda visual”, comenta a especialista.
Exames para diagnóstico do glaucoma – Quais são e como funcionam
Agora que você entendeu um pouco melhor a doença, vamos falar sobre os principais exames para o diagnóstico do glaucoma. Vale lembrar que alguns ocorrem no consultório e outros em clínicas especializadas.
- Tonometria –Mede a pressão intraocular (PIO) durante as consultas de rotina. Há duas formas de medir a PIO.
“A tonometria de Goldmann é aquela em que o paciente se senta e encosta o queixo e a testa no aparelho. A outra forma de medir a PIO é por meio de um aparelho, que lembra uma caneta. Por último, existe um tonômetro de sopro, que emite um jato de ar que atinge o globo ocular e volta”, conta Dra. Maria Beatriz.
Sendo assim, vale esclarecer que nem sempre a PIO alta significa que o paciente tem glaucoma. Por esse motivo, há outros exames que devem ser feitos.
- Oftalmoscopia/Fundoscopia- Avalia o “fundo do olho” – retina e o nervo óptico, permitindo detectar alterações como aumento da escavação do nervo óptico, achado comum em pacientes com glaucoma.
- Campimetria (Teste de Campo Visual) – Detecta alterações na visão periférica (lateral), que é afetada pelo glaucoma.
- Paquimetria – Mede a espessura da córnea. Esse exame é importante, pois, em muitos casos o paciente tem glaucoma, mas devido à uma córnea muito fina, apresenta valores da PIO próximos ao normal.
- Tomografia de Coerência Óptica (OCT) é um exame altamente preciso, sendo o único capaz de apontar alterações mínimas no nervo óptico e na retina.
- Gonioscopia – Avalia o ângulo da câmara anterior do olho para determinar o tipo de glaucoma (aberto ou fechado).
- Curva Tensional Diária – Mede a pressão intraocular em diferentes horários do dia, podendo detectar alterações que podem ser cruciais para fechar o diagnóstico.
Como funciona a confirmação do diagnóstico do glaucoma
Os exames para diagnóstico do glaucoma são essenciais e ajudam o oftalmologista a descartar ou a confirmar a doença. “A confirmação depende dos aspectos que observamos na retina e no nervo óptico, juntamente com os níveis da pressão intraocular. Quando há lesões e danos nessas regiões, confirma-se a presença do glaucoma”, conta Dra. Maria Beatriz.
Tratamento é essencial para prevenir a progressão da doença
O diagnóstico precoce do glaucoma é fundamental para impedir a progressão da doença. O tratamento depende de vários fatores, como estágio da doença, tipo de glaucoma, estado de saúde do paciente, entre outros aspectos.
Contudo, em geral, nos casos iniciais usamos colírios para controlar a pressão intraocular. Mas, hoje em dia já existe indicação de cirurgias a laser para casos iniciais, com excelentes resultados.
“Finalmente, vale lembrar que o diagnóstico é só o início da jornada do paciente. O glaucoma não tem cura e é uma doença progressiva. Em conclusão, o tratamento é importante, bem como o acompanhamento regular com o oftalmologista”, finaliza Dra. Maria Beatriz.
Dra. Maria Beatriz Guerios é Oftalmologista Geral e especialista em Glaucoma.
O consultório fica nos Jardins, na cidade de São Paulo.
Para mais informações, ligue para (11) 97859- 1080
Matéria produzida pela jornalista Leda Maria Sangiorgio – MTB 30.714
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