Dificuldade de dirigir à noite pode ser sinal de problemas na visão

Dificuldade de dirigir à noite pode ser sinal de problemas na visão

Dificuldade de dirigir à noite pode ter várias causas, entre elas problemas na visão. Popularmente chamada de “cegueira noturna”, esta condição se chama nictalopia. Trata-se da dificuldade de enxergar bem em ambientes pouco iluminados ou durante a noite.

Outra característica é que a pessoa também sente dificuldade para se adaptar rápido quando sai de um ambiente claro para um sem luz. Vale lembrar ainda que a nictalopia não é uma doença, mas um sintoma de outros problemas na visão, como catarata, glaucoma e erros refrativos.

Segundo Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista geral e especialista em glaucoma, a nictalopia ocorre devido a alterações nos bastonetes. “São as células da retina responsáveis pela percepção da luz. A cegueira noturna pode ocorrer devido à deficiência da vitamina A, diabetes mal controlado, catarata, miopia e retinite pigmentar. Há também relação com o processo de envelhecimento natural, que causa alterações nas estruturas oculares”.

Dificuldade de dirirgir à noite é um sintoma importante

A dificuldade de dirigir à noite é um dos principais sinais de que é hora de procurar o oftalmologista. A consulta é ainda mais importante quando a pessoa nunca apresentou este problema. Há ainda outros sinais como:

  • Dificuldade em enxergar em ambientes escuros ou com pouca luz
  • Sensação de enxergar por meio de binóculos ou lentes grossas
  • Demora na adaptação da visão do claro para o escuro
  • Embaçamento visual
  • Perda da nitidez e incapacidade de distinguir cores, objetos e pedestres à noite

 Os olhos também envelhecem e podem causar dificuldade de dirigir à noite

Apesar das rugas e cabelos brancos serem os sinais mais evidentes do envelhecimento, o corpo também envelhece por dentro. Desta forma, as estruturas oculares passam por inúmeras alterações ao longo dos anos, que se intensificam após os 40.

“As pupilas, por exemplo, são essenciais para a visão e podem ser comparadas ao diafragma de uma câmera fotográfica. Nos ambientes pouco iluminados, a pupila se dilata para permitir a entrada de mais luz para a retina. Quando há muita luminosidade, a pupila se contrai para proteger a retina e proporcionar uma visão mais nítida”, explica Dra. Maria Beatriz.

Porém, o músculo responsável por esta função passa por mudanças a medida em que envelhecemos, que podem alterar a contração e a dilatação da pupila. Algumas pesquisas sugerem que a capacidade de dilatação da pupila em ambientes escuros é muito menor em pessoas com 80 anos ou mais. Portanto, esta é uma das explicações para a dificuldade de dirigir ou enxergar à noite.

“O envelhecimento da córnea e do cristalino também reduz a nitidez, causando a dispersão da luz dentro do olho, o que aumenta o embaçamento. Por fim, a sensibilidade ao contraste também fica prejudicada. Um bom exemplo é a dificuldade de distinguir cores dos faróis ou ainda de enxergar pedestres e outros obstáculos, durante a condução de veículos à noite”, conta Dra. Maria Beatriz.

Quando foi sua última consulta oftalmológica?

Curiosamente, muitas pessoas só descobrem algum problema de visão quando precisam renovar a carteira de motorista! “Um número significativo da população não tem o costume de visitar o oftalmologista de forma periódica e preventiva. Além disto, há doenças oculares, como o glaucoma, que são silenciosas e só causam sintomas quando já existe perda visual”, comenta a especialista.

Dificuldade de enxergar à noite tem tratamento

A maioria das causas da cegueira noturna tem tratamento. “Os erros refrativos como a miopia e o astigmatismo são facilmente corrigidos por lentes de grau. A cirurgia de catarata também melhora a visão de forma geral, inclusive à noite. O diabetes controlado também não interfere na visão, exceto quando a pessoa já desenvolveu a retinopatia diabética. A suplementação de vitamina A é outra opção para ajudar a melhorar a visão”, ressalta Dra. Maria Beatriz.

Por outro lado, o glaucoma é uma doença incurável e progressiva. Como a visão periférica é prejudicada, há um risco maior de ocorrem acidentes e outros problemas ao dirigir. Mas, nos estágios iniciais não é um impedimento total para guiar automóveis.

Adote medidas preventivas!

As consultas oftalmológicas devem ser anuais e feitas de forma preventiva. Após os 40 anos, torna-se ainda mais importante passar pelo oftalmologista. Para quem já tem diagnóstico de doenças oculares, o acompanhamento deve ser mais frequente”, finaliza a médica.

 

Dra. Maria Beatriz Guerios  é Oftalmologista. A médica diagnostica e trata o Glaucoma, bem como atua na oftalmologia geral.

O consultório fica nos Jardins, na cidade de São Paulo.

Para mais informações, ligue para (11) 97859- 1080

 

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