Olho seco piora com baixa umidade no ar
Olho seco piora com baixa umidade no ar – Entenda por que isto acontece
Para quem mora em São Paulo, capital, não está sendo fácil enfrentar o clima seco. A umidade relativa do ar tem ficado abaixo do normal nas últimas semanas. O mesmo problema tem ocorrido em outras regiões do Brasil devido à falta de chuva.
A falta de umidade no ar pode causar diversos problemas para a saúde, como o ressecamento da superfície ocular. Também pode agravar os sintomas da síndrome do olho seco em pessoas que já têm este diagnóstico.
Segundo Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista geral e especialista em glaucoma, o ar seco tende a causar mudanças na qualidade ou na quantidade de lágrimas. Quando o clima está mais árido, a tendência é que as partículas de poluição, pó e demais detritos fiquem suspensos no ar.
‘O filme lacrimal tem uma ação importante na proteção da superfície ocular contra estes agentes. Portanto, os olhos ficam mais vulneráveis e o resultado pode ser o desenvolvimento de alergias e conjuntivites, por exemplo”.
Olho seco é um dos sintomas do clima mais árido
Além da secura ocular, podem surgir outros sintomas devido ao ar seco como:
- Ardência
- Vermelhidão
- Coceira
- Sensação de corpo estranho nos olhos
- Cansaço visual
- Lacrimejamento
- Sensibilidade à luz
Recomendações para amenizar os sintomas do ressecamento ocular
O ideal é consultar o oftalmologista, pois a secura ocular e demais sintomas podem estar associados a outras doenças oculares. Mas, existem algumas medidas que podem ajudar a aliviar a secura no dia a dia como:
- Usar umidificadores de ambiente
- Fazer compressas frias nos olhos com água filtrada
- Usar colírios de lágrimas artificiais e lubrificantes
- Evitar ambientes com ar-condicionado (quente ou frio)
- Evitar caminhar nas ruas, principalmente nos horários em que há mais carros circulando e quando a umidade do ar estiver baixa
- Manter-se hidratado
Será que tenho olho seco?
Apesar da secura ocular ser um sintoma comum em dias mais secos, pode também ser um dos primeiros sintomas da síndrome do olho seco.
“Também chamada de ceratoconjuntivite seca, é uma doença multifatorial que afeta o filme lacrimal e a superfície ocular. Um diferencial é que os sintomas estão presentes de forma frequente e por bastante tempo. Ou seja, não estão relacionados ao clima, mas a alterações no filme lacrimal”, aponta Dra. Maria Beatriz.
Estima-se que o olho seco atinja de 5% a 34% das pessoas. Após os 50 anos de idade, a prevalência é maior, especialmente nas mulheres. Para além disto, o olho seco pode afetar até 60% dos pacientes com diagnóstico de glaucoma.
“Neste período de estiagem, é importante que as pessoas que já possuem o diagnóstico do olho seco reforcem os cuidados e, se preciso, conversem com o oftalmologista para a prescrição de colírios específicos para a lubrificação da superfície ocular”, finaliza a médica.